terça-feira, 19 de abril de 2016

INVESTIGADOR DINAMARQUÉS GARANTE QUE O FMI NÃO VAI MUDAR A ECONOMIA DE ANGOLA

Fonte: Club-k.net

O investigador Soren Kirk Jensen, da Chatham House, considerou que a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola só terá sucesso se os líderes angolanos "abraçarem mudanças estruturais profundas" em vez de pensarem apenas no curto prazo
“Um acordo com o FMI não vai mudar a economia de Angola por si só; vai dar alguma assistência financeira, mas mais importante que isso, pode encorajar as reformas; o sucesso da ajuda, no entanto, depende do apetite genuíno de Angola em abraçar mudanças estruturais profundas em vez de medida de curto prazo destinadas a aumentar a liquidez até os preços do petróleo subirem”, escreve o investigador da Chatham House.
No artigo, este especialista dinamarquês em questões angolanas acrescenta: “o que os líderes de Angola têm de perceber por completo é que o tempo dos preços altos do petróleo pode nunca voltar e que os velhos hábitos de fazer negócios têm de mudar”.

O investigador considera que “nos círculos governamentais de Angola, a assistência do FMI é encarada como tendo demasiadas condições, e a maioria achava que com reservas internacionais no valor de 24,5 mil milhões de dólares, Angola não precisava de ajuda do FMI”, mas a permanência do preço internacional em valores abaixo deste número “tornou cada vez mais urgente” que o Governo encontre alternativas para suprir o défice orçamental, tornando um acordo com o FMI mais atractivo.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

LUANDENSES PASSARÃO A PAGAR ENTRE 500 A 15 MIL KWANZAS PELA RECOLHA DO LIXO.

Luanda - O governador da província de Luanda, Francisco Lopes Higino Carneiro, anunciou hoje, quinta-feira, em Luanda, que o valor das taxas de saneamento básico será estratificado e passará a ser cobrado através da factura de energia elétrica. A taxa de saneamento básico será integrada na factura de energia


Fonte: club-k.net

O governante falava em conferência de imprensa sobre os principais problemas de governação da província de Luanda, numa altura em que completou três meses, desde que foi empossado no cargo.
Quanto ao valor dessas taxas, o governante disse que irá de 500 kwanzas, para os municípios mais periféricos, como Cacuaco e Quissama, a 1.500, nas zonas como o Benfica, 10 mil, para os distritos urbanos, e 15 mil, nos condomínios.
Relativamente às empresas, elas pagarão conforme a sua dimensão, sendo que as pequenas desembolsarão entre 15 mil e 20 mil kwanzas, as médias, 30 mil, e as grandes, 150 mil.
Depois de sublinhar que o anterior modelo de recolha de lixo “faliu”, Higino Carneiro anunciou que essas medidas foram submetidas à aprovação da Comissão Económica do Conselho de Ministros, que se deverá debruçar sobre elas na próxima semana.
Na conferência de imprensa, o governador respondeu igualmente a questões gerais relacionadas com a governação de Luanda, com destaque para a segurança pública, mobilidade, transportes públicos, bem como distribuição de energia e água.

Dados do Censo Geral da População e Habitação, realizado em Angola, em 2014, fixam a população angolana em 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais seis milhões 945 mil e 386 vivem na província de Luanda.