Fonte: Club-k.net
O investigador Soren Kirk Jensen, da Chatham House,
considerou que a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) a Angola só terá
sucesso se os líderes angolanos "abraçarem mudanças estruturais
profundas" em vez de pensarem apenas no curto prazo
“Um acordo com o FMI não vai mudar a economia de Angola por
si só; vai dar alguma assistência financeira, mas mais importante que isso,
pode encorajar as reformas; o sucesso da ajuda, no entanto, depende do apetite
genuíno de Angola em abraçar mudanças estruturais profundas em vez de medida de
curto prazo destinadas a aumentar a liquidez até os preços do petróleo
subirem”, escreve o investigador da Chatham House.
No artigo, este especialista dinamarquês em questões
angolanas acrescenta: “o que os líderes de Angola têm de perceber por completo
é que o tempo dos preços altos do petróleo pode nunca voltar e que os velhos
hábitos de fazer negócios têm de mudar”.
O investigador considera que “nos círculos
governamentais de Angola, a assistência do FMI é encarada como tendo demasiadas
condições, e a maioria achava que com reservas internacionais no valor de 24,5
mil milhões de dólares, Angola não precisava de ajuda do FMI”, mas a
permanência do preço internacional em valores abaixo deste número “tornou cada
vez mais urgente” que o Governo encontre alternativas para suprir o défice
orçamental, tornando um acordo com o FMI mais atractivo.